Amamentação

APLV em Bebês: Veja o relato da Vivi, mãe do José

Vivi grávida do José

Confira o relato real da mamãe Vivi contando como foi descobrir a APLV em seu bebê:

“Em 2018, dia 20 de agosto, nasceu meu filho, José. Nunca tive o sonho de amamentar e nunca foi algo esperado. Mas quando meu filho mamou pela primeira vez, eu me apaixonei, e a cada mamada eu chorava de felicidade e de dor, rsrs.

O meu filho chorava muito e ficava o tempo todo no peito mamando. Ele chorava e eu achava que era fome, e então dava peito e mais peito, mas o menino não parava de chorar.

Um dia, dei mamadeira de Aptamil a ele, porque já estava em desespero e até achando que meu leite era fraco e não alimentava meu filho. Mas depois voltei com ele para o peito e tudo se repetia.

José evacuou sangue:

Quando José estava com uns 20 dias mais ou menos, comecei a dar uma mamadeira de Aptamil quando era a hora dele dormir, para ver se ele enchia e dormia direto. Só que um dia à noite o José evacuou sangue, e fiquei muito preocupada, desesperada é a palavra certa!

No dia seguinte, fui até o pronto atendimento do plano de saúde para ele ser atendido e lá ele voltou a evacuar sangue. Fomos encaminhados para o hospital com emergência.

Entrei em pânico.

Diagnosticando a APLV:

No hospital fomos atendidos por uma equipe MARAVILHOSA e que deu muita atenção a mim e ao meu filho. José passou por muitos exames, ele ficou em observação por 2 dias. Descartadas todas as outras possibilidades de doenças que foram levantadas, José foi diagnosticado com Alergia a Proteína de Leite de Vaca (APLV).

Lidando com o problema:

Os médicos me recomendaram a fazer dieta, cuidar da minha alimentação já que o leite materno é muito importante. Fiz uma dieta super rigorosa, não comia nenhum derivado de leite de vaca, não comia na rua.

Mas José continuava chorando muito, evacuando sangue, com dermatites, e chegamos a uma crise respiratória. Procuramos uma médica especializada nessa alergia, a qual também fomos muito bem atendidos, e começamos a fazer uns testes com meu filho. Quando José mamava no peito ele ficava muito mal e quando mamava o leite próprio para a alergia (Neocate), ele ficava super bem, dormia bem, não evacuava sangue.

Até que eu e meu marido decidimos abrir mão do grande prazer que foi para mim amamentar. José passou a só introduzir o leite Neocate. Deu certo! José engordou, não teve mais refluxo, não evacuava sangue, não teve mais dermatite…

O leite materno não foi o vilão, ele é essencial, mas alguma coisa da minha alimentação ainda estava contaminada e passava para o meu leite.
Um ano depois, José come bem, continua usando o Neocate, mas já tem uma introdução alimentar maravilhosa, sem a presença de nenhum traço de leite/derivados.
Nós recebemos o leite de 3 em 3 meses pela justiça, já que o leite é muito caro e não é só uma latinha por mês. Já tentamos introduzir um outro leite, mas ele teve reação.

Final feliz:

Todo esforço valeu para hoje ver meu filho bem. José está com a saúde maravilhosa, no peso ideal. Hoje ele vive com alguma limitações alimentares, mas que não fazem falta. Nossa felicidade é saber que conseguimos dar a volta e ver nosso filho ativo e saudável.”

Entenda a APLV:

APLV é a alergia alimentar mais comum nas crianças de até dois anos, de acordo com o Ministério da Saúde.

O que causa a alergia é o leite de vaca e derivados, e não o leite materno. A mãe não deve interromper a amamentação. A criança que tem alergia à proteína do leite de vaca pode manter o aleitamento materno, mas a mãe deverá retirar o leite e os seus derivados da sua própria alimentação.

É importante investigar junto a um profissional antes de tomar qualquer decisão, como fez a Vivi.

Bebês com mais de 6 meses:

O bebê já tem mais de seis meses de vida e está recebendo outros alimentos além do leite materno? Fique atenta aos sintomas:

Note se ele está agitado, apresenta assaduras, diarreia, muco nas fezes, inchaço dos lábios/língua, refluxo, manchas vermelhas pelo corpo, coceira, tosse seca.

Caso esses sintomas apareçam, suspeite e leve-o no médico para o diagnóstico. Com o tempo os sintomas da alergia tendem a desaparecer, mas para isso é preciso seguir o tratamento corretamente.

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Mariana Bastos Gomes Nolasco

37 anos, casada, residente de Itaperuna.

Possui Graduação em:
Estética (2008),
Nutrição (2013),
Atualmente cursando Medicina (término em 2024).

Pós-Graduação em:
Docência do Ensino Superior;
Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia;
Neurociêntista.

Membro da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ABRANMI).

Formação complementar: Doula, Consultora de Sono Infantil, Educadora Parental Infantil, Consultora em Aleitamento Materno, Laser terapeuta, Costureira Industrial do Vestúario, Modelagem Feminina e Maquiagem Profissional.

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