Muitas mães tem medo que o filho sinta falta da amamentação, ou sentem o desmame como uma quebra de vínculo. O que fazer?
É importante lembrar: a recomendação das Organizações de Saúde é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida, e depois disso, dar o leite materno junto a outros alimentos até os 2 anos de idade ou mais, sem especificar um limite para o fim.
Portanto, a verdade é que se a mãe achar que precisa manter a amamentação mesmo após os dois anos de idade, não há nenhum problema.
Na realidade, não existe uma “hora certa”. A hora do desmame vai depender mais das possibilidades da mãe e também do filho.
Muitas vezes, o próprio filho dá o sinal de que chegou a hora. Nesse caso não se preocupe se ele vai sentir falta, pois o que acontece é que ele está tão entretido com as novidades, comidinhas, engatinhar e andar, que aos poucos perde o interesse pelo peito mesmo.
Mas, atenção! É importante que essa decisão seja tomada juntamente com o pediatra para que o processo não interfira na saúde do bebê, e assim mamãe e filho ficam felizes.
O seu filho está mais irritado na fase do desmame?
Isso é normal. O leite materno contém enzimas que facilitam a digestão. Por isso, quando ele começa a se alimentar de papinhas, o sistema digestivo dele não tem essa ajuda que o leite materno dá. Isso pode causar cólicas e desconfortos.
Além disso, pense bem! Ele está saindo de uma situação conhecida e confortável que é o peito da mãe para outra que não conhece. Por isso, é comum que algumas crianças fiquem irritadas mesmo.
Ele vai passar por novos desafios como o uso do copinho (que é fortemente recomendado pelos órgãos de saúde em vez da mamadeira), papinhas, etc. Até que ele descubra os prazeres nessas atividades, ele pode ficar mais agitado e manhoso.
É um momento que exige bastante paciência dos pais e familiares. A dica para essas horas é: tente sempre fazer o momento da refeição agradável e divertido!
Por que eu devo continuar amamentando depois dos 06 meses de idade do meu bebê?
Nós sempre ouvimos que amamentar o bebê traz muitos benefícios para a mãe e para o filho. A amamentação ajuda inclusive no desenvolvimento da inteligência, e um estudo muito interessante de 2015 comprovou este benefício na prática.
Este estudo é da Universidade Federal de Pelotas e da Universidade Católica de Pelotas, que acompanhou quase 3.500 recém-nascidos por 30 anos, e comprovou que crianças amamentadas por mais de 1 ano têm, na vida adulta, maior QI, escolaridade e renda do que aqueles que não completaram um mês de alimentação com leite materno.
Mesmo sabendo de tantos benefícios, os dados que mostram a quantidade de bebês amamentados no Brasil é preocupante.
Amamentação prolongada?
Por outro lado, existem casos onde as mães escolhem amamentar os filhos durante os 3 anos de vida dele, por exemplo.
É uma escolha da mãe e do bebê, e para assegurar esse ato que traz tantos benefícios, existe a Lei nº 414/2015 que proíbe qualquer estabelecimento impeça mulheres de amamentar em público.
O que é uma conquista das mamães, afinal, não queremos e nem precisamos ter mais dificuldades para amamentar, não é?