Dicas para as mães

O braço não mexe? Pode ser Pronação Dolorosa!

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A Pronação Dolorosa é algo muito comum em crianças pequenas.

Pode acontecer sem a gente perceber e deixar muitos pais assustados! 

Aconteceu comigo.

Conheça melhor para estar preparado caso aconteça com você também, e saiba como evitar:

O que é Pronação Dolorosa?

A pronação dolorosa é um pequeno deslocamento da cabeça do rádio (o rádio é um dos ossos do antebraço, e a cabeça do rádio é parte desse osso que participa da articulação do cotovelo).

Geralmente, é assim: de um segundo para o outro, o seu filho fica com o bracinho imóvel.

Ele pode reclamar de dor, ou simplesmente ficar mais quietinho e não estar conseguindo mexê-lo.

A gente leva um susto e fica sem entender!

E aí quando chegamos ao médico, ele avalia o braço da criança, o cotovelo, e diz: “isso é pronação dolorosa”.

Qual o tratamento?

O tratamento da pronação dolorosa é imediato, com a manobra correta, o médico consegue voltar com os ossos da criança para o lugar.

Gente, eles gritam, mas imediatamente param de chorar quando acaba!

O que acontece é que fica dolorido ainda alguns dias e a criança pode se queixar, mas é normal, depois passa.

 

Como acontece?

O médico então explica que a pronação dolorosa pode facilmente acontecer durante movimentos simples em crianças pequenas, quando você mesmo (que de leve) as puxa pelo braço.

melissaMas também pode ocorrer enquanto alguém está brincando com a criança fazendo algum movimento que a segura pelos braços, ou mesmo com crianças enquanto brincam sozinhas: ela escorrega, estica o braço para tentar se segurar e desloca o cotovelo.

 

Meu relato:

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Foi um susto muito grande a primeira vez que aconteceu com minha filha mais velha, a Melissa.

Apesar de dizerem que é mais comum acontecer entre 1 e 5 anos, ela tinha menos de um ano.

Estávamos passeando na chácara, ela de mãos dada com o papai, e, de repente, ela abaixou, começou a chorar e não parava.

O papai sentiu que deu um estalo na hora, e ela não acalmava.

Esperamos algum tempo e notamos que ela não mexia o braço.

Levamos ao médico imediatamente.

No pronto atendimento, foi feito contato com o médico de plantão, que era ortopedista.

Ele sugeriu Raio X, e como não houve fratura ele falou que ela poderia ter somente torcido o braço.

Pediu para imobilizar o braço dela com gesso e voltar na segunda-feira para tirar.

Ela passou o fim de semana normal, sem chorar.

Levamos para retirar e… ela ainda não mexia o braço.

Tivemos que ir ao consultório particular desse mesmo médico que estava de plantão no hospital (ele não foi lá olhar ela quando tirou o gesso, e eu achei um absurdo, e ainda paguei uma consulta particular…)

Então ele falou que ela não tinha torcido o braço, e sim que o braço estava fora do lugar (era a tal pronação dolorosa), e então fez a manobra para o braço voltar.

Gente… foi um grito que ela deu nessa hora! Mas depois, ela imediatamente se acalmou.

Eis que o médico fala, com toda calma: “Mãe, com uns 5 anos de idade isso melhora.”

O que?! Não sei se era para me acalmar com essa informação, mas o que senti foi um pavor ao pensar que até os 5 anos isso poderia acontecer de novo!

E aconteceu de novo! Em menos de um mês:

Na segunda vez, ela estava brincando no berço de madeira (desses tradicionais com gradinha).

O braço passou em uns dos vãos, ela foi virar e saiu do lugar de novo!

Eu tomei pavor desse berço tradicional, por isso.

Voltei ao mesmo consultório e falei com a secretária que não fazia nem um mês que o mesmo problema tinha ocorrido. Sendo que, na primeira vez, era para ele ter atendido a gente no hospital, e ele não foi. Mesmo assim, tive que pagar pela segunda consulta. Em poucos minutos, ele nos atendeu e voltou com bracinho dela de novo para o lugar.

As outras vezes…

Nessa outra vez, a minha filha passeava com meus pais, e ao subir ou descer (não lembro bem) a escada em uma Igreja, ela começou a chorar. Reclamou de dor por alguns instantes, e relutava em mexer o braço, que permanecia dobrado e encostado ao lado do corpo. Na tentativa de mexer, ela reclamava de dor.

Dessa vez, o médico estava no centro cirúrgico e atendeu a gente na mesma hora. A titia Taís (que é médica também) estava junto com ele para ajudar e nos dar aquele apoio, e ela aprendeu com o ortopedista a manobra caso precisasse.

Meu esposo ficou de olho e falou “eu vou aprender também!”.

O que ele imaginou foi: e se acontecesse de novo em uma viagem ou em algum lugar que não tivesse ninguém para ajudar? Então ele pediu a Taís que o ensinasse, e assistiu vários vídeos na internet para se sentir mais seguro. Todos tinham medo de ficar com a Melissa e acontecer de novo. Mas ficou um tempo sem acontecer…

Quando ela tinha quase 2 anos de idade, as crianças estavam brincando em um campo de grama após uma reunião da Igreja. Foi quando ela tropeçou e, naquele reflexo rápido, apoiou com o braço para se segurar. Eis que aconteceu a pronação dolorosa novamente!

Mesmo não sendo a primeira vez, o susto também foi grande!

Nesse dia, o papai estava no ônibus em viagem voltando de um curso em São Paulo, o médico não atendia o celular, a titia Taís estava de plantão em outra cidade!

Eu não tive coragem de fazer o procedimento. Então, o que fiz foi acalmar ela no meu colo sem mexer o braço, porque já sabia o que era, porque o papai já estava a 30 minutos de distância.

Ele chegou, fez a manobra e conseguiu resolver imediatamente.

Depois disso, aconteceu mais algumas duas vezes somente, e foi assim que o papai passou a socorrer ela. Após 3 anos não aconteceu nunca mais, tínhamos todo cuidado e muita oração.

Eu sempre avisava na escola:

– Nunca segure pelo braço;
– Cuidado no escorregador! Não pode segurar ela pela mão ao descer;
– Cuidado durante as atividades físicas e em grupo;
– Rodinhas abaixar e levantar;
– Se segurar ela para não cair, nunca segure pelo braço;
– Ter cuidado em dobro com ela;

Desde que o problema começou até completar 5 anos, coloquei a foto dela na agenda escolar explicando a possibilidade do problema, mas nunca aconteceu na escola, e nem aconteceu mais, graças a Deus!

Os sintomas são:

Dor (que ocorre no momento e pode passar), e braço imóvel.

Geralmente, a criança fica com o braço dobrado ou segurando-o junto ao corpo.

Em que idade pode acontecer?

Geralmente entre 1 aos 5 anos, quando os ligamentos ainda são frágeis e em formação.

Existe risco de ocorrer mais de uma vez, e a partir de 4 ou 5 anos já não acontece mais.

Sabe-se que 65% dos casos ocorrem em meninas.

Pode ser sério?

Se a pronação dolorosa for muito intensa, pode ocorrer a lesão do ligamento e será necessário realizar procedimento cirúrgico. Por isso, quando acontece, o caso precisa ser avaliado por um médico.

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O que fazer para prevenir?

Evite realizar movimentos que forcem o braço da criança para não haver o risco de produzir a pronação dolorosa.
Para isso, evite puxar o braço da criança. Eu sempre avisava na escola, para ter cuidado no escorrega, em rodinhas, atividades físicas de mão dada, e se fosse segurar para não cair, nunca segurar no braço!

Espero que esse relato tenha ajudado vocês! ♥

 

Mariana Bastos Gomes Nolasco

37 anos, casada, residente de Itaperuna.

Possui Graduação em:
Estética (2008),
Nutrição (2013),
Atualmente cursando Medicina (término em 2024).

Pós-Graduação em:
Docência do Ensino Superior;
Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia;
Neurociêntista.

Membro da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ABRANMI).

Formação complementar: Doula, Consultora de Sono Infantil, Educadora Parental Infantil, Consultora em Aleitamento Materno, Laser terapeuta, Costureira Industrial do Vestúario, Modelagem Feminina e Maquiagem Profissional.

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