Desde o momento em que se descobre a gravidez, as mamães começam a pensar nos tipos de parto, afinal, esse é um momento muito especial e delicado. Embora algumas mulheres optem pelo procedimento normal, o parto cesariana ainda é muito comum.
A cesárea pode acontecer tanto por escolha do paciente quanto por necessidade médica. Nós não estamos aqui para criticar o método pois não cabe a ninguém julgar a escolha da mamãe (a não ser o médico, é claro).
Mas, se a leitora deseja passar por esse tipo de cirurgia, então, é melhor que você esteja ciente de algumas informações sobre o parto cesárea e seu pós-operatório. Nesse texto nós explicaremos tudinho o que você precisa saber e tiraremos todas as suas dúvidas.
Quer saber mais? Então continue com a leitura!
Como funciona o parto cesariana?
A cesárea nada mais é que uma cirurgia para induzir o parto e retirar “à força” o bebê do útero. O corte dessa cirurgia começa no abdômen e termina no útero (passando por sete camadas de tecido) e então o bebê é retirado através dessa abertura. Todo esse procedimento dura cerca de uma hora.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número ideal de cesáreas realizadas deve girar em torno de 10% a 15%. A realidade do Brasil é muito diferente do ideal pedido pela OMS.
Os dados do Ministério da Saúde relatam que aproximadamente 40% dos partos realizados em rede pública no Brasil são cesáreas. Esse número aumenta na rede particular, chegando a surpreendentes 85%. Os números são altos porque muitas mulheres optam passar pelo método cirúrgico mesmo sem haver necessidade.
Quando a cesárea é indicada?
A Organização Mundial da Saúde recomenda o parto cesariana quando o parto normal pode causar complicações ou trazer risco de vida para a mãe ou o bebê, como no caso de grávidas com diabetes, hipertensão, quando o bebê está sentado e vários outros casos.
Devido ao grande número de incidência de cesarianas desnecessárias, o Ministério da Saúde lançou no ano de 2016 novas diretrizes sobre a realização do parto cesárea visando, assim, aumentar a ocorrência de partos normais. Toda essa comoção aconteceu porque, quando uma cesárea desnecessária é realizada, surgem vários riscos de complicações.
As novas diretrizes possuem embasamento científico e foram aprovadas por vários especialistas. Algumas das novas especificações para a ocorrência de parto cesárea são:
- a operação não é recomendada em gestantes com hepatite B e C como forma de prevenir a transmissão do vírus;
- a cesárea é indicada para prevenir a transmissão do vírus HIV;
- a cesárea também é indicada para mulheres que tenham apresentado infecção primária do vírus Herpes simples no terceiro trimestre de gestação
- a operação não é recomendada como a melhor opção de parto para mulheres obesas;
- a operação é recomendada para mulheres que tenham passado por três ou mais cesárias anteriormente;
- o parto normal não é recomendado para mulheres com cicatriz uterina longitudinal devido a cesáreas anteriores pois pode haver ruptura durante o trabalho de parto.
Além de tudo isso, é obrigatório que a gestante (ou seu responsável legal) assine um papel provando que está ciente de todos os riscos relacionados ao procedimento.
Como é o procedimento?
Normalmente recomenda-se que antes da cirurgia a mulher faça um jejum de 8 horas de alimentos sólidos e 4 horas de líquidos.
A cesárea pode acontecer antes ou depois da mamãe já ter entrado em trabalho de parto. Seja lá qual for o caso, o primeiro passo é colocar a mamãe sentada e aplicar a anestesia em sua coluna vertebral. Em seguida, coloca-se um cateter para a administração da medicação e uma sonda para conter a urina.
Então o médico realizará um corte de aproximadamente 12 centímetros na parte inferior do abdômen, perto da linha do biquíni. São cortadas mais de 6 camadas de tecido até chegar, enfim, no bebê.
Depois que o médico retirar o bebê de dentro da barriga da mãe, o pediatra avaliará se o bebê está respirando corretamente. Enquanto o médico retira a placenta, a enfermeira já pode mostrar o pequeno a mamãe.
A etapa final da cirurgia consiste em fechar o corte. Para isso, o médico deverá costurar todas as camadas de tecido que foram cortadas durante o parto — o que pode levar cerca de trinta minutos.
Como é o pós-operatório?
O desconforto e as dores do pós-operatório variam de pessoa para pessoa, mas uma coisa é verdade: o pós-operatório da cesárea é muito mais sofrido que o do parto normal.
Em alguns hospitais a mãe pode tentar amamentar na sala de cirurgia mesmo, em outras instituições a mulher será levada para uma sala para que ela possa pegar seu filho.
O ideal é que após a cesariana a paciente fique de 6 a 12 horas sem fazer esforço algum. A mamãe ficará, no mínimo, 48 horas internada antes de receber alta. O tempo de internação depende do quadro da paciente.
As dores mais intensas se estendem durante a primeira semana, mas os desconfortos menores podem durar meses. Mas as mães podem fazer uso de medicamentos para aliviar a dor.
Nós sabemos que as mamães querem entrar em forma após o parto mas exercícios leves e relações sexuais são recomendadas somente após trinta dias e com autorização médica.
Quais os riscos de uma cesariana desnecessária?
Realizar uma cesárea não recomendada é tão arriscado quanto não realizar a operação em casos de necessidade. Segundo a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, a cesárea desnecessária aumenta o risco de infecção, hemorragia, morte ou morbidade pelo ato anestésico, risco de endometriose e de acretismo placentário, fora os riscos relacionados a saúde do bebê (como ocorrência de problemas respiratórios).
A operação também afeta o contato da mãe com o bebê, tanto que o leite demora mais para descer quando é realizada a cesárea. Com a mãe anestesiada, esta anestesia para sua circulação sanguínea, fazendo com o que o corpo não libere a mensagem que o bebê nasceu para o leite descer.
Não realizar a cesárea quando a operação é indicada pelo médico pode causar a morte da mãe ou do bebê — e até mesmo dos dois! A operação sempre é recomendada quando há risco envolvido, então, a não realização da cesariana coloca as duas vidas em perigo.
Mesmo que você já saiba praticamente tudo sobre parto cesariana, é fundamental que você converse com seu médico e tire todas as suas dúvidas com um especialista. Cada gestação requer um procedimento e um tipo de cuidado, portanto, o seu médico saberá analisar o seu caso melhor do que ninguém!
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