Bebê e Criança

Vacina para Vírus Sincicial aprovada!

Melhor notícia para pais e pediatras!

O vírus sincicial respiratório (VSR) é a maior causa de internação pediátrica por quadros respiratórios em crianças menores de 2 anos, sendo particularmente agressiva em bebês com menos de 6 meses, prematuros, cardiopatas e crianças com outras comorbidades.

Este vírus pode levar a necessidade de UTI, respirador, lesões pulmonares e sequelas, sendo absolutamente um problema agudo de saúde pública pediátrica.

Mas, o que é VSR?

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um membro da família Paramyxoviridae e é a causa mais comum de infecções respiratórias agudas em crianças pequenas.

O termo “sincicial” refere-se à habilidade do vírus de infectar as células epiteliais das vias respiratórias e formar sincícios, que são aglomerados de células fundidas. Eles têm a capacidade de infectar as células das vias respiratórias e causar sintomas semelhantes aos de um resfriado, como tosse, espirros, congestão nasal, coriza, febre e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, eles podem levar a complicações respiratórias, como bronquiolite (inflamação dos pequenos tubos bronquiais) e pneumonia.

Transmissão:

O vírus sincicial respiratório é altamente contagioso e pode se espalhar facilmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias.

As principais vias de transmissão do VSR são:

  • Contato próximo: A transmissão geralmente ocorre quando uma pessoa saudável entra em contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente quando há contato com as mãos ou superfícies contaminadas. O vírus pode ser transmitido por meio de gotículas respiratórias produzidas ao tossir, espirrar ou falar, que podem ser inaladas por pessoas próximas.
  • Contato indireto: O VSR também pode ser transmitido por meio do toque em superfícies contaminadas pelo vírus, como brinquedos, maçanetas, utensílios compartilhados e objetos do cotidiano. Se uma pessoa tocar em uma superfície infectada e depois tocar o rosto, especialmente os olhos, nariz ou boca, pode contrair o vírus.
  • Transmissão nosocomial: Em ambientes hospitalares, o VSR pode se espalhar facilmente entre pacientes, visitantes e profissionais de saúde. Hospitais e unidades de cuidados intensivos pediátricos são particularmente propensos a surtos de infecção por VSR.

É importante notar que o VSR pode ser transmitido antes mesmo do aparecimento dos sintomas. A transmissão ocorre principalmente durante o outono/inverno, quando os casos de VSR são mais comuns.

Prevenção:

Medidas preventivas, como lavagem regular das mãos, evitar o contato próximo com pessoas infectadas, especialmente bebês e crianças, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, manter ambientes limpos e bem ventilados, e a vacinação em certos grupos de alto risco, são importantes para controlar a propagação do vírus.

No caso específico do VSR, existe uma opção de imunoprofilaxia com um medicamento chamado palivizumabe, que é administrado em bebês e crianças de alto risco durante a temporada de VSR para reduzir o risco de infecção grave. Deve ser aplicado por via intramuscular, em doses mensais de 15 mg/kg de peso durante cinco meses, iniciando no período de maior circulação do vírus (conforme característica de cada região do país).

Como é o tratamento?

O tratamento da infecção pelo vírus sincicial respiratório é geralmente direcionado ao alívio dos sintomas, como repouso, hidratação adequada e medicamentos para reduzir a febre e a congestão nasal. Em casos mais graves, especialmente em bebês prematuros ou com condições médicas subjacentes, pode ser necessário o tratamento hospitalar com suporte respiratório, oxigênio, fluidoterapia intravenosa e cuidados intensivos.

Vacina!

Estamos vivendo há 2 anos uma enxurrada jamais vista de internações por este vírus. Atualmente, segundo a Fiocruz, pelo menos 70% dos quadros de bronquiolite internados são devidos ao VSR.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou em 03/05/2023 a primeira vacina contra o vírus sincicial respiratório, a Arexvy, da farmacêutica GSK.

A vacina ainda não chegou no Brasil, apenas foi aprovada para uso pelo FDA (Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), e começará lá nos EUA, primeiramente em indivíduos com 60 anos de idade ou mais.

O imunizante ainda precisa da chancela dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) antes de chegar ao público.

A vacina levou mais de 60 anos para ser produzida e é a primeira a obter aprovação para prevenir e evitar esse vírus em qualquer lugar do mundo. É um grande avanço que salvará muitas vidas!

O uso dessa vacina irá impactar em redução de internações em pediatria. E isso é empolgante!

Corre o risco, em 10 anos, quando o VSR não for mais problema, as pessoas acharem que vacinas não são mais necessárias, um movimento que ocorre quando as vacinas são extremamente eficazes.

Pensem nisso quando vocês acharem que vacina não é necessária para sua criança!

É importante consultar um médico se o bebê apresentar sintomas de infecção respiratória, para que o diagnóstico adequado possa ser feito e o tratamento apropriado seja fornecido. Cada caso é único, e um profissional de saúde será capaz de avaliar e determinar o melhor curso de ação para o bebê infectado pelo VSR.

Mariana Bastos Gomes Nolasco

37 anos, casada, residente de Itaperuna. Possui Graduação em: Estética (2008), Nutrição (2013), Atualmente cursando Medicina (término em 2024). Pós-Graduação em: Docência do Ensino Superior; Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia; Neurociêntista. Membro da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ABRANMI). Formação complementar: Doula, Consultora de Sono Infantil, Educadora Parental Infantil, Consultora em Aleitamento Materno, Laser terapeuta, Costureira Industrial do Vestúario, Modelagem Feminina e Maquiagem Profissional.

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