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Apneia Obstrutiva do Sono em Crianças: Entenda as Causas e os Perigos

Apneia Obstrutiva do Sono em Crianças

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença crônica que tem afetado muitas crianças enquanto dormem, mas muita gente ainda não sabe disso. A obstrução é um bloqueio na passagem de ar para os pulmões. Apneia é uma parada de respiração por, pelo menos, 10 segundos.

Se você observou que seu (sua) filho (a) ronca, é importante procurar um otorrinolaringologista urgente. Mas, enquanto isso, entenda mais sobre o assunto lendo este artigo até o final!

O que causa a apneia obstrutiva do sono em crianças?

Fatores de risco são os principais responsáveis pela AOS em crianças. Em artigo publicado no site da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, os fatores de risco incluem:

  • Amígdalas e/ou adenoides grandes: Amígdalas e/ou adenoides grandes podem bloquear a via aérea (passagem do ar). Esse é o fator de risco mais comum em crianças. Amígdalas e adenoides são gânglios linfáticos. Amigdalas são encontradas na parte de trás, de cada lado da garganta. Adenoides estão na parte alta da garganta, atrás do nariz e não são facilmente vistas pela boca. Ambas podem crescer bastante e causar bloqueio na parte de trás da garganta. Problemas de saúde como alergias, refluxo de ácido do estômago, anemia falciforme ou infecções frequentes podem aumentar as amígdalas e as adenoides. Muitas crianças têm amígdalas e adenoides grandes, mas nem todas terão apneia do sono.
  • Obesidade: Crianças com sobrepeso, têm maior probabilidade de ter apneia do sono. Já que o excesso de peso pode contribuir para o estreitamento das vias aéreas.
  • Problemas de tônus muscular: As crianças podem ter dificuldades para respirar durante o sono pelo fato de os músculos da garganta relaxarem e bloquearem a passagem de ar. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, porém é mais frequente em condições como distrofia muscular e paralisia cerebral.
  • Síndromes genéticas: Crianças com doenças genéticas tais como síndromes de Down e Prader-Willi podem ter AOS.
  • Anormalidades da Face ou da Garganta: Crianças que têm formato anormal na face ou garganta podem ter risco de apneia do sono. Por exemplo, queixo ou garganta pequenos, língua grande ou uma fenda (um orifício) no céu da boca podem provocar AOS.
  • Problemas no Controle da Respiração: Alguns problemas neurológicos podem afetar a respiração durante o sono.
  • Histórico familiar: Apneia do sono em membros da família pode aumentar o risco para AOS.

E como saber se a criança tem apneia obstrutiva do sono?

O ronco não é o único fator determinante para investigar uma possível AOS. Os pais também precisam observar se ela tem sono agitado, dificuldade para respirar e/ou respiração pela boca, se urina na cama; hiperatividade, deficit de atenção, dificuldade no aprendizado, e baixo rendimento escolar.

Perigos da AOS

Aproximadamente 10% das crianças roncam quando dormem e, deste número, cerca de um terço pode sofrer com AOS. Os riscos são:

  • Sonolência durante o dia
  • Hiperatividade e agressividade
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes, aumento do colesterol e síndrome metabólica
  • Atraso no crescimento

Tratamento

Cada caso é um caso, o tratamento para a apneia obstrutiva do sono em crianças pode variar dependendo da causa e da gravidade do distúrbio. Pode ser tratado com medicamentos como corticoides nasais, ortodônticos ou cirúrgicos. Neste último caso, a remoção cirúrgica das amígdalas e adenoides (adenotonsilectomia) podem curar definitivamente a apneia. Em outros casos, o médico pode prescrever terapia com CPAP ou outros dispositivos para manter as vias aéreas abertas durante o sono.

Se houver suspeita de que uma criança está apresentando sintomas de apneia obstrutiva do sono, é fundamental procurar um médico especialista para uma avaliação adequada. O tratamento precoce pode ajudar a melhorar a qualidade de vida da criança e prevenir complicações a longo prazo.

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Mariana Bastos Gomes Nolasco

37 anos, casada, residente de Itaperuna.

Possui Graduação em:
Estética (2008),
Nutrição (2013),
Atualmente cursando Medicina (término em 2024).

Pós-Graduação em:
Docência do Ensino Superior;
Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia;
Neurociêntista.

Membro da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil (ABRANMI).

Formação complementar: Doula, Consultora de Sono Infantil, Educadora Parental Infantil, Consultora em Aleitamento Materno, Laser terapeuta, Costureira Industrial do Vestúario, Modelagem Feminina e Maquiagem Profissional.

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